Uma gestão tributária realizada corretamente é essencial para as empresas evitarem problemas com os órgãos reguladores, se manterem em compliance e eliminarem possíveis riscos de irregularidades.
Neste sentido, para que a gestão tributária seja eficiente, é preciso promover a emissão dos documentos fiscais, o pagamento de impostos diretos e indiretos, a entrega de declarações e obrigações acessórias de forma adequada.
Assim, é possível trazer maior segurança fiscal para o negócio com a quitação de pendências e obrigações.
Vale lembrar que o Brasil, além da elevada carga tributária, tem um sistema fiscal e tributário complexo, com diversas legislações abrangendo as esferas municipal, estadual e federal e que sofrem atualizações frequentes.
Então, muitas vezes, não é fácil para as organizações entenderem e realizarem todos os processos tributários corretamente e dentro dos prazos. O que dá margem para erros, que podem acarretar em multas e juros desnecessários.
Para ajudar os gestores do setor, controllers e líderes a garantirem uma melhor gestão tributária, elaboramos este artigo. Continue a leitura a seguir!
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O que é a gestão tributária na prática?
Antes de saber como evoluir a gestão tributárias nas empresas, vamos conhecer melhor como funciona a atuação deste setor na prática, sabendo que ela vai além da escolha do regime tributário.
Por meio dela, é possível realizar o controle correto de entradas e saídas financeiras e de produtos, assim como dos respectivos impostos de acordo com as legislações federal, estadual e municipal. Além disso, esse gerenciamento permite:
- Precificar corretamente os produtos e serviços;
- Entender a tributação dos fornecedores;
- Compreender os benefícios fiscais de produtos e serviços;
- Entre outros fatores.
Dessa forma, esta gestão possibilita realizar as adaptações necessárias nas empresas para atender a todos os requisitos das regulamentações.
Assim, o gerenciamento tributário ajuda a garantir o sucesso do negócio a partir de uma boa administração, com o planejamento apropriado dos impostos apoiando o planejamento estratégico e, em algumas situações, atingindo até uma redução da carga tributária.
Saiba mais: 5 passos de como reduzir impostos na empresa
Qual a importância da gestão tributária nas empresas?
O principal objetivo de uma gestão tributária eficiente é minimizar quaisquer riscos envolvendo a organização, reduzindo falhas nos processos e inconsistências nos dados apresentados, seja em relação ao pagamento de tributos ou entrega de declarações.
Segundo pesquisa realizada pela Endeavor, 86% das empresas entrevistadas apresentavam algum tipo de irregularidades, como por exemplo:
- Impostos em atraso;
- Declarações não entregues;
- Não cumprimento de exigências de prefeituras ou da Receita Federal.
É importante ressaltar que, caso tais erros, irregularidades ou inconformidades não sejam corrigidos, as empresas podem pagar multas pesadas, que variam entre 75% e 225% sobre o valor do tributo não quitado.
Ou seja, conduzir uma rotina tributária efetiva e responsável faz com que as empresas cumpram com todas as suas obrigações e fiquem em conformidade com as regras. O que garante a segurança do negócio e evita ainda mais impactos financeiros do que a já alta carga de impostos.
4 passos para melhorar a gestão tributária
Diante do cenário apresentado, é natural que as empresas se preocupem em como otimizar os processos da gestão tributária para torná-la mais eficiente. Então, veja as principais ações que você pode tomar para melhorar esse gerenciamento.
1. Manutenção do compliance fiscal em dia
O primeiro ponto aqui é assegurar a empresa em conformidade com as normas de tributação no Brasil, com documentos fiscais devidamente preenchidos e obrigações realizadas, como o SPED fiscal e o SPED contábil.
2. Planejamento tributário e revisão do enquadramento
É fundamental realizar o planejamento contábil tributário todo ano com revisão do enquadramento tributário. Assim, é possível identificar formas de a organização pagar menos tributos sem infringir as legislações.
Para isso, é necessário conhecer detalhamento as informações do negócio, como por exemplo, os impostos pagos, os produtos vendidos e/ou os serviços oferecidos, o lucro obtido, entre outros fatores. Estes aspectos vão determinar se a empresa fica classificada como Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
3. Realização de auditorias internas
Para evitar que a empresa sofra com fiscalizações da Receita e seja autuada por problemas nos processos fiscais e tributários, vale a pena fazer auditorias internas de forma preventiva. Desse modo, é possível verificar toda a situação tributária do negócio, resolvendo as irregularidades encontradas.
4. Acompanhamento de indicadores de desempenho
Para evoluir a gestão tributária, manter a empresa regular e em dia, outra boa prática é monitorar os indicadores de desempenho do setor periodicamente. Com os dados em mãos, é possível identificar gargalos e desenvolver melhorias. Algumas métricas importantes para ficar de olho são:
- Total de notas fiscais emitidas;
- Total de cancelamentos de notas;
- Quanto de tributos representa o seu faturamento mensal;
- Alíquotas efetivas dos tributos;
- Total de multas e juros.
Saiba mais: Como melhorar a gestão financeira de uma empresa: 5 pilares essenciais!
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